sexta-feira, 24 de julho de 2009

Opções ou obrigação

Termina uma semana , embora bastante ocupada fisicamente, deixou uma sensação de falta no preenchimento do todo.
Dou comigo a pensar na romantica incorrigivel que sou e dentro da minha anormalidade se isto pode ser normal...
Como pensaria aquela avó extraordinária e única que preencheu uma parte da minha vida e tantas vezes em alguns lugares e muitas vezes presente, ao relembrar ditos ou avisos a propósito de ocasiões que se repetem no tempo?
Com o seu espirito irrequieto, criativo, independente e protector, diria hoje...tens a quem sair...
como te entendo...
Quando jovem pensava que a emotividade dos velhos ia arrefecendo, o coração batendo mais lentamente e esquecendo as paixões e interesses mundanos...
Como me enganei...ou não aprendi todos os exemplos que à frente do nariz passaram por mim e nem reparei em pequenos sinais que mostravam que tudo estava no lugar certo, só as opções eram diferentes e a acomodação às circunstâncias mostravam a maturidade que a idade ajuda a distinguir e as convenções sociais fazem travão.
A maturidade conquista-se ou fica apenas a acomodação, frustação e a luta constante entre uma cabeça que continua jovem e as tabelas que impôem regras para cada nivel etário.
Dançar, rir, namorar e amar, afinal não tem idade...
A esperança de vida aumentou na razão directa em que a ânsia de viver a vida está mais presente mesmo nos "velhos"...
Daí eu ser normal, dentro da minha anormalidade...tem de ser...de contrário o meu colete-de -forças rebenta.
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Mais lenta, freando as emoções já aprendi.
Romantica incorrigivel, sonhando com um pôr-do-sol a dois de mãos dadas passeando junto ao mar, jantar com música suave e velas e outras coisas lindas que a imaginação e o sentir traz com frequência e desejo, está tão presente, que ou a velhice está longe ou sou mesmo má aluna e renitente na aprendizagem...
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Os olhos enganam quando querem ser cegos......................
O mundo gira e fico só............................................................
No cantinho da minha concha, ninguem vém......................
Ninguém está...........................................................................
Quanto desperdício de amor e calor perdido.......................
Esperando um amanhã...........................................................
Sonhar ainda não paga imposto e alegra..............................
O tempo ajuda a passar..........................................................
E nos momentos de sonho, vivo, rio, sou feliz.......................
E renasço para enfrentar o mundo e caminhar..................

Querida avó, que saudades do tempo de conversa e histórias e da tua alegria e força.
Como ria quando chamavas velhos a tantos mais novos que tu, apenas no cartão de identidade...
Como te comprendo, só agora, mas agora compreendo o que sem dizeres me ficou como exemplo dos teus dias de velhice e te sentias menina.
O carinho, sente-se, dá-se e precisa-se a vida inteira.
E a alegria de amar também.
Mg
Formiguinha laboriosa

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Até que enfim

É isso mesmo. Até que enfim me senti orgulhosa e entusiasmada ao abrir o jornal diário.
Uma notícia em grandes parângonas " O mundo do infimo é na Bracalândia"
O mundo da nanotécnologia chegou a Portugal...Somos pequeninos, mas não deixamos o mundo avançar sem medir forças e acompanhar.
Somos bons e pensei que finalmente temos espaço para as nossas mentes trabalhar em casa e não precisarem de correr mundo à procura de um lugar para experimentar e mostrar as suas capacidades criativas.
Sei que o mundo de hoje é global e os bairrismos, são provincianismos e em qualquer lugar do mundo é terra nossa onde morar, criar e progredir, mas mesmo assim, neste pais de brandos costumes e á beira mar plantado, também necessita de homens conhecidos e mágicos para caracterizar o país e não permitir que saia do mapa identificativo de nacionalidades.
Somos Ibéricos, de fronteiras abertas,mas ainda Portugal.
Fui lendo a noticia, crescendo e mais ainda por ver que o Norte finalmente marca pontos importantes...
Sol de pouca dura...e entristeci.
Não pelo feito e perspectiva que se avisinha, mas pela caracteristica portuguesa imutavel dos foguetes fora da festa.
A inauguração vai ser feita com pompa e circunstancia, com presidente e rei á mistura, para além de muitos e muitos convidados, mas apenas para inauguração da estrutura do edificio...
Tudo o resto está previsto, em negociações, em convites de especialistas para funções, graças a Deus com previsão de portuguêses a integrar as equipes, e negociações de instalação do equipamento. Tudo previsto á moda portuguesa.
Espero sinceramente que não seja "tudo" pois resultaria como as obras de Santa Engracia...
Depois dos foguetes e as bandas de música o cansaço da ressaca adormece o folego e depois vai-se andando...e logo se vê.
A festa e inauguração, a fanfarra e romaria é importante e faz o povo feliz!
Pensei com os meus botôes, que se calhar não é estranha a datação para a grande festa...
Este periodo de tanta movimentação popular, é preciso mostrar obra, como nos velhos tempos "de corta fitas" e já que as grandes vias, Tgv e aeroporto, ficou em banho maria, não se pode desperdiçar o edificio dum programa grandioso e internacional como o previsto, esperando-se para além de 2010 começar a concretização do substancial que é montagem de laboratórios...material...constituição dos directórios...e talvez funcionamento.

Como, candeia que vai à frente ilumina melhor, espero sinceramente, para o meu orgulho português e nortenha não ficar desmorecido que "tudo" acabe em bem e rápidamente.

Que o começo é em grande, não há dúvida...
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Até breve
MG