terça-feira, 3 de novembro de 2009

Rumo ao Futuro

Agora que a movimentação e ocupações eleitorais acabaram e o Governo está completo, é hora de começar a trabalhar.
Um Conselho deste tamanho, representa dezenas de braços para trabalhar e cabeças para pensar, mas pergunto; será que é preciso tanta gente para gerir um país tão pequeno?
De braços trabalhores bem precisamos e excluindo as crianças e os que trabalharam toda a vida e têm direito a descanso, não a exclusão, seria bom que o povo e os governantes dessem bom exemplo, aos cansados.
Cabeças pensadoras, tambem precisamos em força, mas duvido que muitas delas sirvam apenas para zumbir e perturbar o silêncio criador.
Numa época de crise, tinha esperança que uma contensão e exemplo de poupança, fosse um sinal de mudança e exemplo para todos os que precisam de aviso, mas enganei-me.
O que me desilude é a percepção de um padrão imutavel, um galinheiro com imensos poleiros de reconhecimento pelos interesses, benesses, e arranjos partidários, para não chamar súcias, todos sustentados pelo herário público e uma enorme falta de senso politico e interesse nacional.
Vou usar esta definição enquanto oficialmente ainda somos uma Nação.
Sigo o Lema que quanto mais gente, mais confusão e quanto mais opiniões mais baralhação.
Adoro trabalhar em grupos coesos que vestem "a camisola" e querem realizar obra.
Gosto de ouvir algumas opiniões antes duma decisão importante, mas uma confusão de vozes estraga tudo. E cabeças caladas apenas para abanar o vento e aumentar o ego...isso só em espectaculos ou festival.
De cada vez que houver um conselho de ministros, o tempo que vão perder, até todos entrarem, cumprimentarem, sentarem e silenciarem para começar a sessão, daria para resolver a ordem do dia e acabar os trabalhos. Só desperdício e tempo ainda é dinheiro se contabilizado por horas de trabalho efectivo.
Mudar de rumo não prevejo e rumo ao futuro quando se iniciará?
Como disse o Economista Ernani Lopes os últimos dez anos foram "sem garra, sem ideias, sem verdade, sem força, sem lucidez, sem substância, sem densidade política..." " uma década históricamente esvaziada"
Concordo na totalidade e mais ainda no que não disse e gostaria de ter dito.
Para mim embora o mal esteja mais visivel na última década os sintomas faziam-se sentir mais lá para trás. As caras das noticias escandalosas actuais, fazem parte dos vários saltarilhos entre Governos e Gestores públicos das últimas décadas.
O bando tem crescido, para satisfazer favores , mas a escola foi bem montada e deu frutos.
Dantes eramos um país pobre com os cofres cheios de Barras de Ouro, hoje continuamos um país pobre, cheio de papel de Dívidas ao Estrangeiro...
Quem não tem dinheiro não tem vícios, era voz popular quando o povo tinha voz...
Hoje toda a gente não tem dinheiro, mas tem creditos...O que importa é ter alguma coisa...
Quando a torneira fechar, as penhoras aumentarem e a fome começar, zangam-se as comadres
os ratos abandonam o porão, irão de férias para os paraisos fiscais e talvez se inicie a revolução do trabalho e se aprenda a lição.
Ainda há gente que acredita e sonha.
Eu só peço um Rumo para o Futuro enquanto há tempo.
Os Burros velhos mantêm as velhas moscas, é preciso abanar as caudas e renovar...
A Esperânça dizem, é a última a morrer, que ela se mantenha e prospere nas próximas gerações.
E bem gostava de estar errada nas minhas lucubrações.
..............
Ainda há tempo.
Um abraço da formiguina
MG

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Utopia

Um dia destes li numa resenha dos gastos desbaratados pelos partidos com assento no Parlamento o gasto total e declarado cerca de 7.000.000 Euros. Uns ultrapassaram o orçamento previsto (PS, e BE quase o dobro) os outros não atingiram o previsto... Quem foi assistindo aos comentários e reportagens viu a diferença. Marketing já é licenciatura e tem de justificar os gastos da diferença! O povo gosta de música, foguetes e festa. Apesar da gripe houve beijinhos e abraços. Imagino quanto custou na maioria dos casos, mas ossos do oficio, obriga a sacrifícios! Analisando só os números diria que foi mais um desperdício neste país de loucos, mas pensando melhor o gasto foi aplicado em trabalho, suor, sorrisos, Co2 e km, gasolina e os empregos são necessários para as estatísticas. Poderia pensar como seriam aplicado esses Euros duma forma mais produtiva e útil para a população, no entanto valem menos que o preço de 1Euro pelos 9 milhões previstos dos votantes. Nos dias de hoje , afinal que representa um Euro per persona, neste lugarejo onde biliões e/ou milhões de Euros desaparecem sem rasto, cheiro, ou marca todos os dias? 
Penso que a população merece mais consideração e um pouco de festa, sempre anima os corações e diminui as tristezas, por isso há que ter respeitinho e nas próximas convém abrir os cordões à bolsa, e aumentar a festa. Os ferretas que nem gastaram o orçamento, aprendam que em tempo de festa vão-se os anéis, mas é obrigatórios os arreios brilharem. Tenho ainda uma reclamação, as tradições estão a esquecer e os bombos e zés pereiras ficaram no desemprego. Indesculpável! Um dia, tudo isto vai mudar. 
Os portugueses imigram na totalidade e a emigração ocupará este lugar com outra gente e novos costumes. Talvez voltemos a ser conquistadores, colonizadores e faremos deste lugarejo um País a sério!
 Um abraço da  MG

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tempo de fantasia

O tempo ameno de outono, convida ao passeio ao folclore e faz esquecer o senso.

Nestes tempos de crise o melhor é esquecer, divertir o espirito enquanto o frio não aperta e assistir aos espectaculos.`A noite o espectaculo continua na tv e amanhã ainda haverá sol, que é gratuito e neste pais de malaguetas para quê preocupações?

O homem fala, deve ou não falar?

Tema de divertimento...

Quem ganha? que interessa, depois se vê.

São todos iguais, uns mais iguais que os outros, e o fogo de artificio com charadas e atirar de setas em todos os sentidos, é o pão nosso de todos os dias que falar sério e propostas de viabilidade construtiva é coisa para ocasiões sérias nos gabinetes a ocupar e consensos a negociar.

Quem der mais leva o tacho, mudam-se ou trocam-se as gestões públicas e todos ficam contentes! As moscas sugam o burro novo, o burro velho fica quieto e não será apoquentado.

Este pais perdeu completamente o senso a vergonha e a memória!

O dia D a chegar, a procissão domingueira cumprirá a obrigação e depois refastelada no sofâ assistirá aos comentários aos adivinhos aos inteligentes que já sabiam como iriam ser os resultados, e adivinho que qualquer que seja, o povo incivico e desinteressado é o culpado!

Proponho que seja aprovado como lema nacional o " Zé povo" do Bordalo Pinheiro!

Pelo menos é algo nacional, conhecido, que o povo conhece e até esse está a ficar em desuso!

Que Deus nos acuda se ainda há tempo!

..................................

Formiguinha

MG

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Utopias

Tenho assistido aos debates eleitorais, esforço-me por entender as msgs e calmamente fazer o meu juizo. Como base primária, democracia é aceitar e respeitar ideias diferentes e trabalhar concensos para obter o bem comum.
Idealmente convencer argumentando que o meu ponto de vista é o melhor, estando aberto a mudanças ou que poderei não ter toda a informação e o outro poderá ajudar a ampliar ou mudar o meu ponto de vista.
Utopia!
Do que vejo todos têm a verdade absoluta, e mesmo quando dizem o mesmo com oculos diferentes, falam fechados em si mesmos, o resto do mundo é obtuso e néscio.
O argumento muda de acordo com o tempo e o lugar da cadeira que cada um ocupa.
A memória é curta e o desinteresse geral enorme!
O espectáculo é mediático, instantâneo, amanhã é dia de trabalho e buscar pão onde se pode é primordial para a maior parte da população, que no dia da festa riscará a cruzinha onde gosta, no seu clube, ou fazendo o manguito português, mostrando que afinal não é tão néscio quanto o fazem.
No fim tudo continuará na mesma, os impostos a aumentar para engordar o odre governamental estender os comissionistas fieis, esquecer promessas, o povo já teve a festa e agora o rei sou "eu" portanto deixem de atrapalhar!
Na verdade há uma mudança desgastante, os cabelos brancos e o volume aumenta muito rápidamente, mas o poder é demasiado saboroso para o sacrificio!
Concluindo, são todos cada vez mais iguais, a frustação enorme e a degradação moral também.
A história demasiadamente repetitiva, o mundo mais global e a culpa fica solteira.
Mudar? Uma Utopia.
Sonhar ainda não paga imposto e eu continuo a sonhar que é possivel alguma coisa mudar!
Que aqueles a quem eu pago com o meu trabalho e impostos, façam o seu dever de encontrar consensos e principalmente uma linha de rumo para desenvolver Portugal num país mais rico,
produtivo, civilizado, educado, moralizado e humanista.
Ainda não perdi a Esperança...
.........................
um abraço solidário
MG

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O silencio

O silencio pode ser de ouro ou uma grande tormenta.
Quando está próxima a tempestade, apenas se sente o peso da tormenta e até os pássaros se calam, antes de rebemtar a borrasca...
Nos homens o silencio pode ser de ouro, e mais vale não emitir palavras que dizer asneiras, embora a vontade de falar é demasiado forte para qualquer ser falante.
O boato e falatório é um ruido civiço muito comum nas civilizações ocidentais.
Manter o silencio e evitar os ditos ruidos, é de ouro, mas não é qualquer um que tem carisma para que o silencio imponha o calar da turbe...
Vem isto a propósito da discussão actual, sobre o silencio do nosso Presidente e o falatório generalizado, uma autentica borrasca que preenche a mídia nas últimas semanas...
O tema das escutas no cimo da piramide, deixaria o povo alarmado, se fossemos um país cívico, democrata, civilizado e impoluto.
Nos últimos anos, a bandalheira e as situações mais insólitas são o diário, deste país em aprendizagem, mas eu fico veramente preocupada pelo que mais poderá acontecer ou faltará acontecer, para pôr um ponto de paragem no caminho que Portugal atravessa.
O periodo de eleições e este ano é um fartote, não justificando, servem de desculpa para muitos diabretes, enquanto chamam a atenção para o fumo distrai o centro de atenção do fogo, no entanto o fumo assinala o fogo e se não atacado a tempo, queima toda a floresta!
O País está num incendio devastador o tempo do silencio já passou, e penso que a chilrreada está na hora de começar.
A palavra de ordem será, Esclarecer e a Verdade aparecer, com a força que a verdade tem.
A frustação e descrença é generalizada e em quem acreditar?
A frase corrente é são todos iguais, e o trabalho de provar e acreditar novamente em alguém vai ser demasiado longo e dificil.
Há sempre um começar, por pequeno que seja, um sinal ou uma palavra podem fazer a diferença. Espero venha rápido, quero acreditar num novo caminho sério, credivel e patriótico.
Exitei escrever a palavra patriótico, nos tempos de hoje é fora de moda, mas como ainda somos pais independente, penso que o interesse do povo que paga impostos para a máquina nacional desbaratar e continuar, sofre na pele as agruras dos desvarios nacionais, tem direito a um mínimo de respeito e retorno de defesa nos interesses básicos e comuns .
Cristo perdeu a paciência e varreu os vendilhões no Templo, nós que somos pobres humanos, será que ainda nos sobra alguma paciência?
............
formiguinha laboriosa e muito desiludida.
MG

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Opções ou obrigação

Termina uma semana , embora bastante ocupada fisicamente, deixou uma sensação de falta no preenchimento do todo.
Dou comigo a pensar na romantica incorrigivel que sou e dentro da minha anormalidade se isto pode ser normal...
Como pensaria aquela avó extraordinária e única que preencheu uma parte da minha vida e tantas vezes em alguns lugares e muitas vezes presente, ao relembrar ditos ou avisos a propósito de ocasiões que se repetem no tempo?
Com o seu espirito irrequieto, criativo, independente e protector, diria hoje...tens a quem sair...
como te entendo...
Quando jovem pensava que a emotividade dos velhos ia arrefecendo, o coração batendo mais lentamente e esquecendo as paixões e interesses mundanos...
Como me enganei...ou não aprendi todos os exemplos que à frente do nariz passaram por mim e nem reparei em pequenos sinais que mostravam que tudo estava no lugar certo, só as opções eram diferentes e a acomodação às circunstâncias mostravam a maturidade que a idade ajuda a distinguir e as convenções sociais fazem travão.
A maturidade conquista-se ou fica apenas a acomodação, frustação e a luta constante entre uma cabeça que continua jovem e as tabelas que impôem regras para cada nivel etário.
Dançar, rir, namorar e amar, afinal não tem idade...
A esperança de vida aumentou na razão directa em que a ânsia de viver a vida está mais presente mesmo nos "velhos"...
Daí eu ser normal, dentro da minha anormalidade...tem de ser...de contrário o meu colete-de -forças rebenta.
..........................
Mais lenta, freando as emoções já aprendi.
Romantica incorrigivel, sonhando com um pôr-do-sol a dois de mãos dadas passeando junto ao mar, jantar com música suave e velas e outras coisas lindas que a imaginação e o sentir traz com frequência e desejo, está tão presente, que ou a velhice está longe ou sou mesmo má aluna e renitente na aprendizagem...
...........................
Os olhos enganam quando querem ser cegos......................
O mundo gira e fico só............................................................
No cantinho da minha concha, ninguem vém......................
Ninguém está...........................................................................
Quanto desperdício de amor e calor perdido.......................
Esperando um amanhã...........................................................
Sonhar ainda não paga imposto e alegra..............................
O tempo ajuda a passar..........................................................
E nos momentos de sonho, vivo, rio, sou feliz.......................
E renasço para enfrentar o mundo e caminhar..................

Querida avó, que saudades do tempo de conversa e histórias e da tua alegria e força.
Como ria quando chamavas velhos a tantos mais novos que tu, apenas no cartão de identidade...
Como te comprendo, só agora, mas agora compreendo o que sem dizeres me ficou como exemplo dos teus dias de velhice e te sentias menina.
O carinho, sente-se, dá-se e precisa-se a vida inteira.
E a alegria de amar também.
Mg
Formiguinha laboriosa

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Até que enfim

É isso mesmo. Até que enfim me senti orgulhosa e entusiasmada ao abrir o jornal diário.
Uma notícia em grandes parângonas " O mundo do infimo é na Bracalândia"
O mundo da nanotécnologia chegou a Portugal...Somos pequeninos, mas não deixamos o mundo avançar sem medir forças e acompanhar.
Somos bons e pensei que finalmente temos espaço para as nossas mentes trabalhar em casa e não precisarem de correr mundo à procura de um lugar para experimentar e mostrar as suas capacidades criativas.
Sei que o mundo de hoje é global e os bairrismos, são provincianismos e em qualquer lugar do mundo é terra nossa onde morar, criar e progredir, mas mesmo assim, neste pais de brandos costumes e á beira mar plantado, também necessita de homens conhecidos e mágicos para caracterizar o país e não permitir que saia do mapa identificativo de nacionalidades.
Somos Ibéricos, de fronteiras abertas,mas ainda Portugal.
Fui lendo a noticia, crescendo e mais ainda por ver que o Norte finalmente marca pontos importantes...
Sol de pouca dura...e entristeci.
Não pelo feito e perspectiva que se avisinha, mas pela caracteristica portuguesa imutavel dos foguetes fora da festa.
A inauguração vai ser feita com pompa e circunstancia, com presidente e rei á mistura, para além de muitos e muitos convidados, mas apenas para inauguração da estrutura do edificio...
Tudo o resto está previsto, em negociações, em convites de especialistas para funções, graças a Deus com previsão de portuguêses a integrar as equipes, e negociações de instalação do equipamento. Tudo previsto á moda portuguesa.
Espero sinceramente que não seja "tudo" pois resultaria como as obras de Santa Engracia...
Depois dos foguetes e as bandas de música o cansaço da ressaca adormece o folego e depois vai-se andando...e logo se vê.
A festa e inauguração, a fanfarra e romaria é importante e faz o povo feliz!
Pensei com os meus botôes, que se calhar não é estranha a datação para a grande festa...
Este periodo de tanta movimentação popular, é preciso mostrar obra, como nos velhos tempos "de corta fitas" e já que as grandes vias, Tgv e aeroporto, ficou em banho maria, não se pode desperdiçar o edificio dum programa grandioso e internacional como o previsto, esperando-se para além de 2010 começar a concretização do substancial que é montagem de laboratórios...material...constituição dos directórios...e talvez funcionamento.

Como, candeia que vai à frente ilumina melhor, espero sinceramente, para o meu orgulho português e nortenha não ficar desmorecido que "tudo" acabe em bem e rápidamente.

Que o começo é em grande, não há dúvida...
.....................

Até breve
MG

sábado, 6 de junho de 2009

Desilusão

Gota a gota enche a taça da desilusão.
No Outono as arvores deixam cair as folhas, resistindo ao vento às chuvas e à própria debilidade das reservas dando um tempo de espera para futura renovação.
Nos ultimos tempos percorro um tempo de Outono...
Todos os dias caem folhas (pessoas) da minha consideração...
Pessoas que considerava como inteligentes, sérias e carismáticas.
As folhas da nossa sociedade estão terrivelmente doentes, corrutiveis e envolvidas nas malhas de interesses em fortunas e poder imorais e sem a mínima vergonha civica e pessoal.
Todos os dias é anuncido a queda de várias folhas nas malhas da leis, em que o vil metal está presente. O sonho da revolução tranformou-se numa fermentação de tranformar o pais na malagueta insidiosa da trapaça do conluio e vale tudo.
Um outono muito longo de desespero e desilusão.
Infelismente a mancha de poluição moral alastra no mundo e até na velha e sisuda Inglaterra o tempo das maleitas se vão revelando. Uma diferença mantêm de diferente...os politicos caem no governo e a actuação para sanar a fronte é rápida e pública.
Por cá apenas denuncias, suspeitas e material para aumentar as audiencias noticiosas.
Um autentico carnaval em marcha de defuntos.
A catarse não surte efeito nem melhora o doente.
O tempo de renovação, qual luzinha no fim do tunel, está tão ensombrado que nem o tunel é visivel...ainda há muitas folhas na àrvore para cairem.
E continuará este outono lento, àrido e sem previsão de mudança.
Instituições sem autoridade não actuam, e quando actuam a força de influência e camuflagem deturpa, trava e prolonga o estrilar final.
Os velhos perdem a memória e o tempo produtivo mesmo de protesto está debilitado e sentem-se deslocados no tempo...
Os jovens estão no tempo da conquista e no tempo do vale tudo...
As crianças embaladas nesta música actual não conhecem as músicas antigas, como e quando despertar?
Eu neste canto de protesto, sem audiencia nem poder, fico vendo o Carnaval passar...
Aproveitando os últimos minutos enquanto a net é livre e posso desabafar...
Este será tema para um próximo desabafo, pois a penúltima réstia de libertade também me querem roubar. A ultima será pensar e nessa o ship já inventado, espero demore para além de mim a ser implantado.
Que mundo o de amanhã?
Gota a gota a esbordar a taça do desepero, depois do câos a temperança e a renovação chegará.
A História relata os ciclos da humanidade, mas os homens não aprendem mesmo...
Fico por aqui...
um abraço da formiguinha
MG

terça-feira, 2 de junho de 2009

No fundo de todas as questões o vil metal

Pois é, no fim de todas as questões o vil metal, que cega, deturpa as mentes, degladia os homens pelo poder de lugares de decisão em que melhor poderiam encher os bolsos, satisfazer os "amigos" e aumentar os benefícios!
Situações comuns, que sempre existiram, resguardadas com algum pudor, ou camuflagem pela maioria dos associados, porque as maiorias normalmente seriam as grandes exceções à regra...
Enfim ou sou crédula ou julgava que seria assim..
A Democracia trouxe mais abertura e muitas vantagens, tantas que hoje vale tudo, até esquecer, algumas regras da modernidade ultrapassada como ética, respeito pelo próprio e pelos outros e sentimento de vergonha!
Uma das regras fundamentais é a liberdade e apreender que a individual termina quando toca a liberdade de um outro.
Poderia continuar a divagar, mas entro na razão do meu comentário de hoje.
A última sessão de"pros e contras" de 1 junho de 2009, é a mostra de tudo que não deveria acontecer numa sociedade democratica e civilizada.
1º uma associação de gente que deveria ter por fim preservar a legalidade, o aprumo, a aceitação do votado, a fiscalização do direito, a moralidade e por fim a justiça na globalidade do conceito.
O que vi e ouvi numa degladiação de acusações, de falta do direito de resposta, respeito pelo direito de ouvir e comentar no final, mostrou-me um espectaculo de bairro antigo (o meu respeito por estas comunidades) em que todos são amigos e conhecidos, se tratam por "tu" num domingo de sol quando a música agrada a todos, mas se batalham e arrepanham cabelos se os "trocos"cairam em bolso errado, aí o verniz estilhaça completamente e descobrem-se apregoados aos quatro ventos os buracos das comadres que toda a gente conhece, mas o compadrio do bairro resguardava.

2ºQual o cerne da questão? No fim conclui que escondido, mas conhecido de todos, como motor de toda a desavença está o vil metal.

Luta de galos pelos poleiros adquiridos, benesses conquistadas, compradrios coniventes que um Bastonário mexeu no caldo, denuncia e quer mudar.

Não acredito em pureza de intenções, e no percurso da caminhada desta vida todos tropeçamos em areias da calçada, mas sei que é muito dificil lutar pela verdade, pela mudança e pôr ordem no cãos. É preciso coragem e principalmente muita, muita paciência!

3º O espectaculo que assisti representou, para mim, o estado em que está o país.
Uma degradação completa de principios, de seriedade de honestidade e de falta de vergonha.
A piramide foi representada numa das suas instituições máximas.
O país em todos os niveis e escalões é um saco roto a esbordar o fedor acrescentado nos últimos anos que já não aguenta mais.
O povo não é inocente que não veja o burro cheio de moscas sugando até ao tutano, vai pagando, dando a camisa o suor e a vida.
O vil metal esgotou, ou será que ainda há algumas moedas de reserva para disfarçar?
O PIB a diminuir, desemprego desenfriado, as reservas esgotadas, o caldo entornado e a mesa vazia, quem irá no fim da festa apagar a luz?
Os poleiros vão ruir e os galos vão fugir!
Claro que os espertos estarão acautelados, e bem acautelados, os bolsos cheios em qualquer lugar
e o povo anestesiado dará vivas em qualquer idioma a quem prometer pão.

Gostaria ter esperança que estamos no fim do ciclo de tormentas, mas pelo folclore das actuais campanhas , e pelas figuras repetidas, tristemente concluo que os tempos estão para durar!
Uma vantagem encontro, da população portuguesa as crianças até aos 6 anos ainda não têm mesada, logo estarão isenta do jogo e corrupção do vil metal.
Será que nem este pensamento estará correcto para me consolar?
A esperança embora fraquinha é a ultima a morrer, dizem...mas anda muito escondida...

Um abraço da formiginha
MG

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Comunicação virtual

A comunicação virtual foi uma das maiores invenções do século.
Posso falar com um amigo ou com um desconhecido e inventar ou fomentar uma amizade que faz parte do ritual de presenças que mantém uma comunicação, falta de isolamento e também a sensação de companhia que sendo virtual preenche a alma e conforta.
Uma anedota, um site de amor ou uma música escolhida que sintoniza o emissor ao receptor.
Durante esses momentos o pensamento voa, comunica, quantas vezes caminha para outro personagem que escondido substitui o emissor, mas permite momentos de paz, harmonia ou saudade.
Nem sempre é assim, mas o efeito de companhia e presença existe e faz parte hoje do diário de quem tecla num computador.
É vício caridoso e imprescindível para muitos, mas também outra forma de isolamento.
A comunicação também precisa de contacto, mímica facial e expressão oral...
Esquecemos os próximos e é feita ligação aos virtuais...
Em casa para comunicar com os virtuais, não deixa tempo para conversa familiar e muitas vezes provoca afastamento e desamor.
Outros tempos e outra face da medalha!
É bom comunicar e repensar que cantinho da carência está a ser substituído.
Há sempre modo de mudar ou escolher os caminhos quando se toma consciência das causas que provocam os efeitos.

Este foi um momento de auto-reflexão, será que vai ter consequencias para quem ler?
Espero que toque alguém que precise de parar para pensar.
Se assim acontecer, valeu a pena a comunicação.
Para todos os virtuais o meu abraço carinhoso e momentos de presença.

Formiguinha laboriosa
MG

sábado, 9 de maio de 2009

E o carnaval continua...

São tantos os absurdos que ouço e leio, que bloqueio e o melhor é nem comentar!
A previsão de hospitais fecharem por diminuição de utentes nos serviços de urgencia, leva-me a pensar que tudo corre pelo melhor no atendimento dos outros serviços ambulatórios distribuidos pelas áreas circunscritas aos mesmos...Por outro lado a demora no atendimento de cirurgias, eu estou à espera de marcação há 6 meses, o caso não é de morte, pois ainda estou aqui a escrever, leva-me a pensar que a previsão dos estudiosos, para fechar portas deve ser o desaparecimento de grande parte da população. Devido à crise e ao apertar do cinto tudo vai contrair e o povo vai desistir de vez....até de ficar doente.
Os Bancos fraudulentos a aumentar, eram dois e já se anuncia o 3º... que fazer das poupanças,
tornam ao cholchão? Se ainda houver poupanças!

"Socrates elogia quem arrisca durante a crise..."Até ele se admira que haja incrédulos ou distraidos....que gostam de trabalhar e investir?

Felizmente as bandeiras azuis nas praias do grande Porto continuam a aumetar...
Ou as pessoas ficaram mais civilizadas e contêm o lixo, ou como distração ficam em casa e o mar que é nosso, pelo menos junto à costa, resolveu lavar as mágoas e as praias... nem tudo é mau neste país abençoado.

"Crescem criticas à lei do financiamento partidário"...
Mas não estavam lá todos na votação da lei? Ou estavam a jogar nos computadores e só agora leram nos jornais a noticia e ficaram chocados?
Será que estamos num país de ficção ou sou eu mesma que ando distraida e mudei de terra sem dar conta?
A Lei do envelope já tinha acabado?

Que mais terá de acontecer para as gentes deste jardim à beira mar plantado, acordar, arregaçar as mangas e varrer os vendilhões do templo?
Já basta!
Já basta!

Hoje fico mesmo por aqui...
Formiguinha envergonhada
Mg

domingo, 3 de maio de 2009

Consenso da vergonha

Ouvi e nem acreditei
A crise deve estar mais branda e a passar, principalmente para os lados da Assembleia da Republica. Claro que a proximidade de eleições ajuda a misturar os sons e desafinar os músicos.
Não há consenso no que diz respeito a interesses do país, planos de recuperação da economia,
planificação de projectos a longo prazo ou viabilidade de esforço comum partidários para soluções
reais, justas e crediveis.
Mas espantei e quase nem acreditei....
Porque a crise existe, os portugueses apertam o cinto, Portugal está cada vez mais endividado e pobre, ... Na Assembleia da Republica sem discussão apenas um voto impediu a UNANIMIDADE de Todos os partidos foi aprovada a Proposta de Aumento do financiamento partidário.
Costumo comentar....mas perdi o pio.
Cada pais tem o governo que merece!
Coro de vergonha.
Basta!
Formiguinha
MG

terça-feira, 28 de abril de 2009

Casa sem pão todos ralham e ninguém tem razão

O titulo é velho na linguagem popular, e sempre actual, no entanto muito caseiro e mal de nós quando a prática chega à rua.
Os tempos mudam, mas as caracteristicas nacionais de gente emotiva e de exaltações mostram que o povo tem um copo grande para encher ,mas quando enche é melhor sair da frente.
Tudo serve para ataques e contra ataques em palavreado, e ninguém tem soluções para o país e principalmente vontade de falar verdade e dizer o que é esencial.
Temos de arregaçar as mangas, aprender a reciclar e diminuir os luxos de gente sem dinheiro, e obrigar os governantes, previligiados politicos e gestores públicos ao desemprego.
Não há que ter pena pois todos eles terão os bolsos recheados, reformas rápidas e gordas e até agradecem porque irão de férias para os paraisos em descanso merecido...
Finalmente depois de esvasiar as moscas gordas do país, talvez os homens e mulheres sérios se disponizem a trabalhar, governar, gerir responsavelmente e criar um ambiente de confiança. Moralizar, formar, educar e governar, tudo está em crise.
Crise de valores, mas principalmente respeito por quem tenta ainda resistir na seriedade e responsabilidade cívica.
Penso que chegou a hora de dizer basta e sem revolução nem ralhos cada um de nós assumir a mudança urgente e intervir através de todos os meios disponiveis, sejam as juntas de freguesia, camaras, associações, sindicatos ou todos os outros locais de decisão.
As organizações politicas estão esgotadas, sempre os mesmos e sem renovação.
A andança e troca de lugares entre politicos e gestores das organizações estatais e similares já esgotaram todos os lugares e a nossa paciência.
O povo aperta o cinto, fica sem emprego, sem casa, sem carro e os politicos?
Nem o minimo sinal de alteração ou restrição nos gastos ou nos escandalos.
Já nem se pode dizer que somos um país de bananas, dantes não havia, mas hoje já se vêm desde o Minho ao Algarve, por alguma razão será.
Somos mesmo um país de bananas e malagueta, é a hora de espirrar ao piripi.
Dizer basta e renovar.
E a juventude? É hora de intervir e aprender civicamente a contestar.
Já passou hora de dizer " eles têm culpa" a culpa é de todos nós que deixamos...
Até breve
A formiguinha
Mg

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Contradição

Ao ler um artigo de blogue, fiquei admirada com a descrição do auto retrato da autora.
Uma jovem em crise existencial, mas com uma determinação e coragem de auto-análise, que nem duvido seja do signo de leão com o signo de peixes na 1ª ou 8ª casa do seu mapa astral.
Dito de outra maneira tem força, coragem, uma autocritica apurada, mas ao mesmo tempo falta de aceitação de si e integração no meio que a rodeia.
Idealista, centra em si própria a busca da perfeição dum mundo ideal ético e civico que só na mente dos idealistas existe e confunde quem exige de si esse ideal.
O que me admirou foi a coragem de transcrever para um blogue, porque normalmente essa frustação é interior e tornar público tem de ser leão para receber o elogio, a aprovação do esforço e o aplauso de ser extraordinária e acima do normal das gentes comuns.
Durante a leitura, em parte, reconheci-me quando jovem, mas fêz-me sentir velha agora, pela mudança que a vida me foi trazendo em compreensão dos outros e de mim mesma e aceitação que nada nem ninguém é perfeito mas é importante ter um ideal.
Isso mostra-nos uma meta a atingir e permite os tais varais do caminho essenciais a saber distinguir o correcto do imoral e modelar uma personalidade forte em auto controle e formar um ser social mais humanizado.
Também isso durante a juventude o faz irreverente e contestatário, mas principalmente muito interveniente.
E isso é muito bom por si próprio e para a mudança social.
Fico feliz pela contestação juvenil, não a agressividade, criminalidade e falta de educação duma grande parte dos jovens actuais, mas sim pela argumentação, atitudes e intervenção politica e social.
Os lideres distinguem-se pelo menor número no agrupamento, mas entusiasmam, arrastam e guiam.
O problema é saber e ver qual o ideal que os orientam.
A sociedade sempre vai avançando, com crises de liderança, algumas vezes com ideais prepotentes, alguns recuos, mas no caminho de maior humanização.
Acredito na força da juventude e na sua vontade de mudar o mundo para melhor.
Há qualidades que não devem mudar: honestidade, seriedade, solidariedade, respeito pelos outros e aceitação do outro tal qual é.
Um desabafo levou a outro, mas a esperança mantém-se
Um abraço da MG

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ponte do Lima em dia de festa


Imagem de Ponte do Lima













A propósito do comentário sobre a festa na pracinha de Ponte do Lima aqui vão as fotos que tirei e complementam o acontecimento.





Não há festa minhota sem Banda e estas fizeram a festa.










quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tarde na Pracinha de Ponte do Lima

Fim de semana em Ponte da Barca.


Depois duma noite bem dormida na casa quentinha, apesar do estranhar da cama que sendo conhecida, é diferente da do Porto, acordei com um dia luminoso e o despertar para a rotina deste cantinho do mundo.
O ritual do café da manhã, a volta pelo jardim, o banho e a saída para a ronda pela Vila da Barca.
No percurso olhando a paisagem há sempre um recanto desconhecido que chama a atenção e desperta uma curiosidade de busca pelo desconhecido.
Interessante, porque embora o percurso seja o de sempre o olhar e ver mostram novidades escondidos noutras ocasiões.
Hoje um telhado escondido no arvoredo que despertou a curiosidade de fazer um desvio. E valeu a pena porque deparamos com uma casa enorme de um só piso rodeada por um jardim enorme, numa ladeira e com uma perspectiva de paisagem, invisível da estrada.
Brinco com a velha frase: Há sempre um Portugal desconhecido que espera por si…
Depois da voltinha conhecida, do meio almoço com um pão tostadinho e crocante, que faz as delícias destas manhãs, voltamos e seguimos para Ponte do Lima.
Interessante porque estes dois destinos costumam ser para dias diferentes, mas hoje havia uma chamada especial.
Em Ponte do Lima, descemos à pracinha e anunciava festa os dois coretos a ocupar parte da praça.
Gente domingueira e diferente da população habitual.
Por estas bandas, há sempre festa nos fins de semana com foguetes música em altifalantes e romarias.
Sendo cerca de duas dúzias de freguesias no Conselho, há Santos que cheguem para todas e não se fazem rogadas para festas populares.
No Verão são as desfolhadas, no inverno os Santos populares.
E ficamos para apreciação do ambiente e do que viesse.
O ambiente na Pracinha mudou e é o espelho da ocasião. As gentes mudam e criam ambientes bem característicos de acordo com o vestuário os penteados e os chapéus ou bonés!
O ambiente de festa, foi logo anunciado por grupos de mulheres nos trajes regionais do Minho e dois coretos na praça.
Escolhemos um local com boa perspectiva, ainda havia, e ficamos apreciar o movimento das gentes.
Poucas pessoas habituais que já conhecemos destes domingos na leitura dos jornais, e fazem parte do conhecimento local, mas nestas ocasiões especiais aparecem os domingueiros barulhentos, e gente nova em grupos com as conversas e movimentações que alteram a rotina e fazem desaparecer as pombas do pedrado da praça.
No começo da tarde chegam os músicos, ainda em pequenos grupos trazendo os instrumentos da banda como troféus, eles e elas vão ser os reis da festa e sentem-se orgulhosos disso.
O desfile dos instrumentos característicos das bandas populares, muitas Flautas, Fagotes, trompetes, trombones, sexafones, pratos, xilofones, clarinetes e pífaros. O Carrilhão que deu o seu solo, foi montado antes no Coreto.
Esta a mudança radical dos tempos actuais, o grande numero de mulheres que constituem as bandas.
Dantes as bandas tinham apenas homens e rapazes como músicos.
Lembro os tempos de criança, nas festas tradicionais e procissões em que estavam presentes e faziam concertos nos coretos do largo da Igreja.
Na minha terra havia duas bandas, em lugares opostos da freguesia e era conhecida a competição e rivalidade entre os músicos.
Aqui, chama a atenção os elementos muito jovens, com as suas caixas, e flautas reluzentes.
Os músicos vão se juntando junto aos coretos, uns de fato azul completo, os outros de calça preta e camisa branca.
De repente afastam-se todos e algum tempo depois aparece a 1ª banda entrando na praça marchando e tocam homenageando os colegas, frente ao coreto concorrente.. Recolhem ao seu coreto e fazem os preparativos.
De seguida partem os outros e repete-se o espectáculo.
Gostei imenso desta apresentação e homenagem mútua.
Começaram rigorosamente às 16h e durante a tarde tocaram á porfia …
Claro que quer a escolha das peças quer a regência foi diferente e não foi por acaso.
Uma banda mais jovem tinha um regente também mais jovem que além da escolha do reportório era ele próprio um espectáculo pela amplidão dos gestos e prendeu a atenção da banda e do público.
Foram muito aplaudidos, e mereceram-no.
Houve desfile dos ranchos, que actuaram noutro local junto à Igreja, com as danças regionais, que quase coincidente com a música a população teve de fazer opção entre as duas actuações.
Foi pena porque já não tive tempo para dar ao pé num vira do Minho.
Parte da população presente, eram forasteiros da região, com fatos domingueiros, mas identificativos e tradicionais.
Algumas mulheres com as tradicionais saias pretas e blusas brancas, poucas com os seus puxos bem apanhados, agora quase todas usam cabelos curtos, os homens mais velhos com chapéu ou bonés serranos e as botas cardadas.
Mas estão presente muitos jovem o que não é vulgar durante o ano.
No fim da tarde o Pôr do Sol com as cores laranja a reflectir no rio, completou este domingo diferente e deu o toque final que me encheu de prazer, deixou leve e fez prolongar o sorriso até tarde.
15-03-2009
formiguinha
Mg

domingo, 29 de março de 2009

Poder ou posse

Ouvir, sem juizos de valor e tentando mediatizar o que quem em frente a mim desabafa, tem sido uma experiência extraordinária para o meu auto controle e ao mesmo tempo adquirir ensinamentos e rever circunstâncias vividas que a distância e o sentir dos outros me levam a ver doutro ponto de vista problemas semelhantes.
Mas o tema geral subjacente a todos os problemas emocionais é Poder.
Não no sentido de realizar, mas no conceito de posse.
E as circunstâncias são sempre de quantificação: de menos, de mais, nunca o suficiente.
A maior parte da pessoas tem uma deficiência intrinseca de carência afectiva.
Penso que começa a partir do momento da eclosão e abandono do saco vitelino.
É dificil a aceitação do que se tem, e o poder de ter mais, por direito, mesmo irreal, é mais forte e torna as pessoas infelizes.
Se por um lado a ânsia ou desejo de mais é um estímulo para caminhar, ultrapassar desafios e ter muitas vezes sentido de vida, por outro lado quando o desejo não é consciencializado ou controlado resulta em obsessão, tentação de dominio sobre os outros, ou escravatura do próprio poder.
Em qualquer mister da vida é assim e no amor também.
Há uma altura do relacionamento, quando o namoro arrefece a quantificação aparece.
Por isso defendo e "ensino" que o namora tem de ser eterno.
É uma defesa para a conquista que satifaz o ego e o outro, mantém o relacionamento desperto, e a moldagem mútua e aceitação do que falta mais suportável.
Sei que é dificil, mas razoável e possivel de concretizar.
Pequenos estímulos no dia a dia e a preocupação de agradar, afasta a monotonia do conquistado, e o hábito que arrefece qualquer paixão, amor ou convivência saudável.
Bem prega Frei Tomáz...
Mas a mensagem pega faz os seus efeitos e dos erros próprios a aprendizagem ficou.
O problema mais premente é a aceitação de que cada um sendo mais parecido com toda a gente, é um individuo diferente e a expressão e mostra afectiva depende de muitas"paredes",familiares sociais e própria personalidade.
O diálogo é fundamental. E este é outro impedimento, porque a forma de expressão ou inibição de o conseguir deturpa e mistifica a resposta ou o acto em si.
Mas tentar cria hábito, desentope as cordas vocais e a mente.
Vou concluir o meu monólogo...
Toda a gente tem razão que a razão desconhece, mas quando alguém sente que algo a inferniza e amargura, a solução é parar, ouvir e mudar, começando por si próprio, porque a seguir segue a cadeia e os outros acabam por mudar.
A vida poderia ser mais amena e menos conflituosa, se... o espirito solidário e a compreensão da diferença do outro fosse aceite e diminuisse o poder de uns sobre os outros.
Diálogo, compreensão e noção do suficiente são pedras básicas do quotidiano.
O meu abraço
formiguinha
MG

segunda-feira, 23 de março de 2009

O que li nos jornais

Desde miúda, adoro ler jornais.
Algumas vezes fiz greve de fome, neste cso de leitura dos mesmos, mas o vicio é maior e lá retorno.
Tenho jornais obrigatórios do vício, e outros que intermitentemente entram no quotidiano.
Nesta semana, A crónica do Miguel STavares, completou o meu discurso interno.
Eu também não gosto do homem desde que assolou à janela! E já antes...
Poderia ir mais longe, tocar noutros itens, mas no contexto geral, a hipocrisia do ser e parecer, ficou evidenciada e mostrou um dos reis nús.
Os cargos exercidos pelos homens nem sempre correspondem à filosofia subsjacente dos mesmos, o que não invalida individualmente a fidelidade ou manutenção do caminho filosófico em que se acredita.
Juntando ao artigo de José Cutileiro "de grandes males grandes remédios"reitera a tristeza que
a geração de Chefes de grande envergadura está em declinio e enfraquecida.
Entramos em Era de aguas mornas, onde tudo é permitido, aceite, onde o encolher de ombros derreados faz o espelho das gentes.
O problema ou talvez não, espero seja breve a canga cansa e um dia destes a albarda vá ao ar!
Durante anos usei a palavra oral e escrita, para comunicar o meu pensamento e protesto, depois fui amolecendo, refreando a vontade equilibrada pela frustação e desilusão do que os olhos viam, recolhi à concha e a um uso mais restrito de audiência, mas hoje gostei do que li e volto à comunicação, pelo menos para dar força a alguns que continuam a levantar véus.
Não posso deixar de referir a iniciativa de "Milhares de ideias para melhorar o país"
A noticia refere 650 participantes. Para os milhõe de portugueses a percentagem é pequena, mas
será que o gasto da inteligencia e vontade de quem deu a cara valerá de alguma coisa e será ouvida? Espero sinceramente que sim, e contribua para as mudanças necessárias e urgentes.
Pelo menos leva o público leitor a reflectir, lembrar outros itens não abordados, e em tempo de escolha dos seus representantes, escolherem aqueles que lhes defendam as mudanças.
Mais uma vez os fatos domingueiros das campanhas não garantem os vestuarios usados no trabalho e continuarão enganosos, mas a formação e conciencialização fica.
A mudança da regulamentação nas Assembleias Municipais, poderia mudar hábitos e permitir uma maior intervenção pública, fazendo abalar o status fraudulento e pedante de quem esquece rápidamente a população que os elege chamar á ordem os seus representantes e desenvolver uma consciência cívica e interveniente da população.
E a procissão continuaria pela Assembleia da Republica e Parlamento Europeu.
Os prémios/cadeiras, dispendiosas dos Deputados Europeus, talvez começassem a ter mais visibilidade e serem mais responsabilizados.
Não posso deixar de referir as obras de modernização do "nosso" Parlamento que já começam a transtornar os deputados, pela visibilidade evidenciada nos computadores(as paciências, os mails, os textos) e o público a ver???
A procissão ainda nem saiu da igreja e já está a entrar em fogo!
Que Deus nos acuda!
Vou parar por aqui, espero nova oportunidade.
Até breve
MG

domingo, 22 de março de 2009

A força duma cadeira

Percorrendo a busca de noticias, entrei numa disputa de mil palavras a propósito dum jantar em Cabo Verde pela ocupação duma cadeira na mesa do Primeiro Ministro.
A minha boca caíu e pasmou.
A jornalista ofendida por ter saido do lugar, o Ministro entediado pela noticia e a série de comentários que os bloguistas se dignaram fazer...
Um assunto de lesa pátria...
Nem unica palavra, sobre os assuntos que seriam importantes tratados durante, antes ou depois do almoço..
Como podemos seguir em frente neste pais carnavalesco, se o que é importante e continua a ser, são as passadeiras vermelhas, as fotos destaque e fofocas ...
Bem gostaria que algo mudasse e o rei que vai nú fosse envergonhado e fugisse para outro reino.
Já basta de desperdicio e palavras ao vento.
Trabalhar é preciso, moderação, senso e noção das importancias tambem.
Hoje fico por aqui, mas amanhã virá mais...
um abraço
MG