quinta-feira, 22 de julho de 2010

Férias

Junho já acabou, terminamos meio ano, que deveria ser de trabalho, para tradicionalmente entrar um periodo de férias.
Institucionou-se o periodo de férias. Teoricamente todos têm direito a férias!
Alguns têm férias todo o ano, outros vão de férias, e aindo outros pensam nas férias que algum dia irão ter.
Mas o divertido é que começando a cheirar a férias, e o Parlamento tem direito a férias, começa o frenezim de trabalho e faz que faz, muitas vezes acelerando leis e decisões que renderam o meio ano, para aproveitar o entusiasmo e distração das férias do povão, para o surpreender in factum, após férias, daquilo que tantas horas de discussão, contestação e oposição preocupou a mente dos
atentos defensores do povo.
Por coincidência é tambem na aproximação da quentura das férias, sim porque férias implica calor e bom tempo, aparecem os casos criticos politicamente preocupantes.
Coincidencias que quase se institucionaram...
Vendem-se jornais, há temas de cavaqueira e ocupação para distração acrescida nas férias.
Este meio ano de trabalho foi diferente.
A crise foi e não foi constante, ocupou os temas diarios e baralhou completamente a regra geral.
Para acrescer, o Mundial de futebol, foi mais importante que a crise, e está tudo tão amornado
que estou preocupada com o atraso dos casos criticos, que possam estragar as férias...
Entretando e à cautela fui uma semana de férias, esperando que apareçam os temas que possam ajudar às minhas e de todos os meus amigos, nas cavaqueiras de mal dizer habituais das férias...
Com crise ou sem ela, os nossos deputados, já marcaram e não perderão por nada as suas férias!
Estão extenuados de trabalho, de crise inoportuna e atempada e precisam de descanso.
Nós também ...deles...
Para quem pôde programar um devido descanso, umas boas e animadas férias.
um abraço da formiguinha
MG

sábado, 10 de julho de 2010

Silencio justificado

Há quanto tempo, não visito o meu cantinho!

Muitas vezes a vontade de o fazer é forte, mas, entre querer e fazer outros motivos se impôem e o tempo e emoção abranda.

Penso que o mundo virou de pernas para o ar e os cerebros entraram em curto circuito.

O meu tambem, não pelos mesmos motivos, mas pelos acidentes de percurso desta vida que em certas étapes nos fragilizam e obrigam a repensar o quão fragil é o ser humano, quanta ambição comanda o mundo e temporario é o poder humano.

A morte da mãe deixou-me sem ascendentes, e única na primeira fila de passagem.

Depois de dois meses de sofrimento, e perda da força que comandou no terreno, finou.

Fiquei vazia e atordoada.

Acredito que todos temos o nosso tempo e percurso, e não é a passagem que me perturba, mas a reflexão sobre o modo como percorremos o caminho.

Quanta importancia se dá à posse material, ao armazenar objectos, amar ou odiar, sem tempo para repensar e de repente tudo se esvai, ficando apenas lembranças se os que ficam quiserem e puderem lembrar.

Olho à volta, e vejo quanto desperdicio me rodeia.

Já comecei a eliminar, espero ter tempo para o completar.

Demorar mais tempo para apreciar o pôr do sol e amar!

Sentir o sol e o vento no rosto, parar olhando as pessoas no seu todo, aumentar a paciencia e tolerância e rir de mim, do que corri e do que deixei passar.

Caminhar, caminhando um pouco mais devagar!

A mudança já começou há algum tempo, mas é tempo de aprimorar.

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Quanto ao mundo de cabeça para baixo, deixarei para outro tempo e outro lugar.

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Agora foi apenas um ponto de paragem, um desabafo, uma mensagem para mim e para quem por aqui passar.

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Uma palavra, escrita no sitio público, mas no silencio e vazio do comunicar.

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Até breve

MG