sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tantas cabeças e poucas sentenças


Diz o ditado que muitas cabeças, muitas sentenças, mas o mundo está mesmo a mudar, e eu diria para pior!
Nos últimos meses, voltou a crise! Crise do País, crise das finanças e crise de ideias.
Tanta gente em evidencia, é uma movimentação desenfreada, corta aqui, corta acolá e no fim com um OE que todos acham mau, opinam que deve ser aprovado.
Quando todos dizem o mesmo, teoricamente seria bom, mas eu já desconfio.
Da esquerda à direita nunca vi tanta unanimidade, salvo nos pagamentos ou benefícios próprios, não é usual. E pergunto eu: Se é mau e poderia ser melhor, porque não votam todos contra e fazem outro melhor?
Esta é uma consequência viável, mas não interessa falar nela.
Entretanto as decisões são adiadas, o tempo segue o seu ritmo normal e agora que acabou o prazo estão todos interessados em virar a pagina, e levemente o discurso vai mudando de tom.
O medo do FMI, afinal não é tão mau como isso, porque já está de malas aviadas e prestes a aterrar. Até já temos um delegado português eleito, que conhece a malta e esteve de reserva sem comentários até agora.
O primeiro ministro, demitia-se, depois já não e a seguir logo se vê.
Que ele quer ir embora, não tenho dúvidas, só que o lugar de prémio que lhe está reservado ainda não vagou.
O PSD tem sido o bombo da festa, houve alturas que pensei que tinha perdido a memoria e era governo com obrigação de apresentar OE. Afinal era apenas o bombo para fazer eco e ruído.
Bem gostaria de ser o novo governo, mas com a paisagem actual, quanto mais longe ,melhor.
No entanto o discurso também mudou, afinal para além dos salários já prevê diminuir as reformas..........
"os direitos existem se o Estado tiver dinheiro para pagar"
Em casa que não tem pão todos ralham e ninguém tem razão!
País rico de gente com miséria, cego, surdo e mudo.
Uma macacada!
Chegou o dia D. A enxurrada alagou a loja e é PRECISO tomar medidas urgentes.
Arregaçar as mangas e pôr ordem pública.
Tudo previsto e nada se faz.
O povo trabalha e rende! Acabar de imediato com tudo que é desperdício e não essencial.
70 milhões para decoração e material dos gabinetes de ministros--CORTA!
Parcerias e empresas públicas, reformula e CORTA!
Grandes obras, não há dinheiro--CORTA.
Temos Aeroporto, auto-estradas e comboios que cheguem!
Motoristas...12 para o PM?????????? CORTA.
Comissões, Assessorias? Ou há na função pública competentes e devem ser utilizados, ou substituam os que estão nessas funções e são incompetentes.
Reduzam o numero de ministérios!
Reduzam o numero de parlamentares!
Reduzam as bonomias que escandalizam a fome do povo!
Subsídios? Peneirem quem precisa, façam um banco do povo e deixem a criatividade e vontade de quem a tem criar riqueza!
Acabem com os afilhados que não produzem e só enchem os bolsos!
Apenas um pormenor que para mim é um escândalo: Todos os Parlamentos que conheço, directamente e através da TV, com um computador individualizado para os parlamentares, só o nosso e mais nenhum! E não somos um País rico?
Outro pormenor. Quando os outros Parlamentos funcionam, os parlamentares estão presentes, é para isso que lhes pagam! O nosso Parlamento diariamente está às moscas com computadores!
Enfim não há paciência que aguente!
Dei a minha contribuição e com mais alguns itens escolhidos, deixaríamos de ter défice!
Acabo com um pensamento positivo: A rebaldaria vai mesmo acabar e antes da consoada.
Fiquem bem e comecem a mexer!
Um abraço da formiguinha
MG







sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Peneira dum só buraco

Penso que o país entrou num alçapão dum poço sem fundo.
Começou há cem anos e com alguns patamares estagnados a descida é contigua e chegamos ao fundo.
E o povo embasbacado e habituado, deixa-se ir narcotizado e não aprende nada.
Discute-se a ramagens, inventam-se culpados, não diria solteiros, porque a reprodução foi intensa, o folclore e ruido é tão intenso, que as pessoas enfiam os barretes todos que encontram pelo caminho e estão cada vez mais cegos.
Concretisando: Os ultimos 15 anos entramos em crise, recessão, melhoria, crescimento, recessão, crise....e a música sempre a mesma.
Orçamentos, pecs, impostos, escândalos, abusos, subornos, fraufulências....
E tudo continua impávido, sereno e na mesma.
A comunicação social, anuncia diáriamente, crimes(dantes eram crimes)de corrupção, abuso de poder, má aplicação de dinheiros publicos, ordenados obsolectos a jovens boys e maduros sem competência, mas filiados partidários e ...Tudo segue e continua na mesma.
Foi um disparar de distribuição de subsidios, para ganhar votos...
Foi a criação de empresas sem utilidade ou rendimento, para colocar os saltibancos partidários que têm de manter fidelidade e as mãos abertas para ou serem testas de ferro e cobrir a imagem ou bater palmas para o ruido se manter.
E o povo que trabalha e paga impostos para sustentar esta euforia é cada vez em menor número, e cada vez há menos dinheiro.
O BP não fabrica notas, as máquinas são comunitárias e não são próprias e os países que as abonam, que sonharam o reenbolso chorudo, enganaram-se e fecharam a peneira.
E agora?
Ai que dÈl REi...
O rei está morto, o sucessor quietinho para não fazer mais ondas...e o povo lá vai na mesma.
Portugal tem o sistema governamental de nó gordio perfeito!
Quanto mais aperta mais o povo cala e consente!
Um circulo perfeito sem abertura!
Vou repetir-me, apenas para satisfação pessoal.
1-É urgente mudar a Lei Eleitoral, com circulos responsáveis, que elejam pessoas da comunidade conhecidos localmente, e obrigados a prestar contas aos eleitores.
2-Regionalização eficiente e descentralização de poderes, com comissões fiscalizadoras extra-partidarias.
3-Eliminar a bandalheira de Fundações pessoais que não tenham sido criadas por fundos próprios e se reciclem sem subsidios governamentais.
4-Critério exigente, na distribuição de subsidios, entregue apenas a quem precisa e merece.
5-Lei de reforma igualitárias para todos os cidadãos, na idade comum e tempo de trabalho.
Porque razão o povo só pode receber apenas uma reforma aos 65 anos e os previligeados várias e acumular?
6-Um plano geral de reorganização territorial, agricola, energético, turistico e matérias primas dos solos e sub-solos(escondidas e não exploradas por interesse particular e comunitário)a longo prazo.
7-Filtragem, reorganização, eficiência e colocação do funcionalismo público necessário e eliminar o excedente.
8-Análise e critérios de viabilidades das empresas, públicas e privadas.
( se não têm viabilidade, rendimento e produtividade, não podem ter subsidios governamentais e fecham)
9-Reforma do Poder judicial e separação efectiva do poder politico.
10-Reforma curricular do ensino. ( obrigatório da disciplina de Educação cívica e informativa, desde 1º ciclo), reformulação e eliminação de cursos sem aplicação prática e/ou cientifica como aconteceu nos últimos anos.
..........E poderia continuar, mas para misticamente ter força, hoje fico-me pelos meus dez mandamentos.
Para tudo isto, é necessário seriedade, ética, isenção e interesse nacional.
Com a população politica actual, com raríssimas excepções, não há gente para actuar.
Todos os partidos, são ciclos fechados de interesses comuns, que não abrem mão dos previlégios e danças de poleiros, proporcionalmente ocupados pelos seus associados e favorecidos.
Se eu tivesse 30 anos faria uma nova revolução!!!!!!!!!!!
Agora perdi a paciencia, mas acredito que algo vai mudar muito em breve, porque a situação actual é insustentável!
Até breve
Um abraço da
Formiguinha laboriosa
MG

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Férias

Junho já acabou, terminamos meio ano, que deveria ser de trabalho, para tradicionalmente entrar um periodo de férias.
Institucionou-se o periodo de férias. Teoricamente todos têm direito a férias!
Alguns têm férias todo o ano, outros vão de férias, e aindo outros pensam nas férias que algum dia irão ter.
Mas o divertido é que começando a cheirar a férias, e o Parlamento tem direito a férias, começa o frenezim de trabalho e faz que faz, muitas vezes acelerando leis e decisões que renderam o meio ano, para aproveitar o entusiasmo e distração das férias do povão, para o surpreender in factum, após férias, daquilo que tantas horas de discussão, contestação e oposição preocupou a mente dos
atentos defensores do povo.
Por coincidência é tambem na aproximação da quentura das férias, sim porque férias implica calor e bom tempo, aparecem os casos criticos politicamente preocupantes.
Coincidencias que quase se institucionaram...
Vendem-se jornais, há temas de cavaqueira e ocupação para distração acrescida nas férias.
Este meio ano de trabalho foi diferente.
A crise foi e não foi constante, ocupou os temas diarios e baralhou completamente a regra geral.
Para acrescer, o Mundial de futebol, foi mais importante que a crise, e está tudo tão amornado
que estou preocupada com o atraso dos casos criticos, que possam estragar as férias...
Entretando e à cautela fui uma semana de férias, esperando que apareçam os temas que possam ajudar às minhas e de todos os meus amigos, nas cavaqueiras de mal dizer habituais das férias...
Com crise ou sem ela, os nossos deputados, já marcaram e não perderão por nada as suas férias!
Estão extenuados de trabalho, de crise inoportuna e atempada e precisam de descanso.
Nós também ...deles...
Para quem pôde programar um devido descanso, umas boas e animadas férias.
um abraço da formiguinha
MG

sábado, 10 de julho de 2010

Silencio justificado

Há quanto tempo, não visito o meu cantinho!

Muitas vezes a vontade de o fazer é forte, mas, entre querer e fazer outros motivos se impôem e o tempo e emoção abranda.

Penso que o mundo virou de pernas para o ar e os cerebros entraram em curto circuito.

O meu tambem, não pelos mesmos motivos, mas pelos acidentes de percurso desta vida que em certas étapes nos fragilizam e obrigam a repensar o quão fragil é o ser humano, quanta ambição comanda o mundo e temporario é o poder humano.

A morte da mãe deixou-me sem ascendentes, e única na primeira fila de passagem.

Depois de dois meses de sofrimento, e perda da força que comandou no terreno, finou.

Fiquei vazia e atordoada.

Acredito que todos temos o nosso tempo e percurso, e não é a passagem que me perturba, mas a reflexão sobre o modo como percorremos o caminho.

Quanta importancia se dá à posse material, ao armazenar objectos, amar ou odiar, sem tempo para repensar e de repente tudo se esvai, ficando apenas lembranças se os que ficam quiserem e puderem lembrar.

Olho à volta, e vejo quanto desperdicio me rodeia.

Já comecei a eliminar, espero ter tempo para o completar.

Demorar mais tempo para apreciar o pôr do sol e amar!

Sentir o sol e o vento no rosto, parar olhando as pessoas no seu todo, aumentar a paciencia e tolerância e rir de mim, do que corri e do que deixei passar.

Caminhar, caminhando um pouco mais devagar!

A mudança já começou há algum tempo, mas é tempo de aprimorar.

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Quanto ao mundo de cabeça para baixo, deixarei para outro tempo e outro lugar.

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Agora foi apenas um ponto de paragem, um desabafo, uma mensagem para mim e para quem por aqui passar.

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Uma palavra, escrita no sitio público, mas no silencio e vazio do comunicar.

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Até breve

MG

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O veto que não aconteceu

Parei ouvi e emudeci de pasmo, raiva e pena.
Mas como eu muita gente, pois demorou a ultrapassar e digerir o pasmo.
Tudo isto ainda a propósito do discurso solene e carrancudo sobre o não veto.
Na verdade, poderia não alterar a decisão final, mas há momentos para tudo e com os sins e nãos tão frequentes dos nossos politicos, fica sempre a dúvida do que virá amanhã.
Por mim mais uma razão, para a dignidade do veto!
Pelo menos ficava a coerencia da postura e sem discurso nem palavras ficava a verticalidade!
Tenho imensa pena e menhum respeito pelos cobardes.
O vertice da piramide caiu, e não foi mais do que a imagem politica e decadente deste país, prestes à derrocada final.
Se a reeleição estava no horizonte, perdeu. Se não estava pior ainda!
Ou foi mal aconselhado, ou a teimosia venceu.
O sistema e estes politicos já encheram e ultrapassaram há muito o coeficiente de Peter.
Um país pobre com hábitos de rico. Só fachada!
Crise de inteligência, moral e respeito.
Mudem, mudem mudem.
Para que serve um parlamento deste tamanho?
Para que serve um governo e adesivos deste tamanho?
Para que serve manter uma constituição feita em tempo revolucionário, sem estrutura?
Uma mudança estrutural, seria rever os circulos eleitorais com obrigatoriedade de relatar e explicar aos eleitores próprios o seu programa e metas atingidas.
Este apenas um exemplo duma grande mudança!
E um exemplo de unanimidade de voto parlamentar negativo! Responsabilidade? Não obrigado.
O país irá sobreviver a um preço demasiado caro, e mais uma vez me doi, pensar na mísera herança que deixamos aos jovens.
Mas tenho fé, acredito na nova geração, e sei que do caos renasce vida.
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Um abraço da Formiguinha
MG

terça-feira, 30 de março de 2010

Primavera





A primavera, harmoniza o tempo as mentes e as plantas despertam para a renovação da vida.
Tudo se renova e desperta para a plenitude do Ser.
A minha Esperança estava na Primavera!
As árvores estão a cumprir o seu percurso., o sol meio amarelado vai aparecendo entre nuvens e chuva, mas os homens continuam aparvalhados e mornos.
Eu sei que o frio e a chuva contrai os neurónios e o corpo, mas a pasmaceira ultrapassa o razoável e nem a Primavera desperta o senso e a vontade de renovar para pôr o Pais a caminhar.
Tudo morno!
Os quadrados circulares repetem as ementas cansadas.
As mesas redondas abauladas repetem as frases estafadas.
Os "casos" picantes conhecidos adormeceram nas gavetas e os novos ainda não chegou o tempo de ver a luz brilhante dos noticiários.
Tudo morno.
O País continua em falência colectiva, mas o povo morno e sonolento continua na pasmaceira endémica que nem a época ajuda a despertar.
E o homem continua a viajar, nem aparece, quem nem aparece esquece, o governo dá-se ao luxo de colectivamente não aparecer no Parlamento, e tenho a sensação que os governantes foram para férias e o mundo nem deu conta da ausência!
Este País é na verdade um pais maravilhoso à beira mar plantado de gente paciente e distraída.
Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas e boas férias!
Espero sentada que o tecto não me caia em cima...e a vós também...
Um abraço da formiguinha
MG

sábado, 13 de fevereiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Contrastes

A humanidade está em constante competição, pelo alimento, nicho, ar que respira e medo.
claro que poderia continuar essa descrição na base simplista, mas não é esse o ponto que gostaria hoje de desenvolver, se posso falar assim, pois o mais correcto será, desabafar.
A competição que gostaria de tratar agora será no sentido da observação do"outro".
A análise do outro, no plano mais próximo ou distante, é de critica, como se cada pessoa tivesse a obrigação de ser perfeita em todos os conceitos pré estabelecidos pela sociedade onde está integrada. E a realidade é uma miscelânea de valores e sociedades.
Claro que o olhar é sempre dirigido para o outro, em casa própria a perfeição é intrínseca e não admite critica. Na generalidade...
Quanto mais alto o poder, mais a exigencia de perfeição.
Poderiam pensar que cheguei aqui par desculpar todo o mundo. Não é o caso e sou extremamente crítica comigo e com os outros. Por isso tento corrigir-me estando ao mesmo tempo cada vez mais afastada e fora do contexto, como dizia o Solnado noutros tempos, fora do ovo.
A mentira é tão repetida que em determinada altura é aceite como verdade, pelo menos, alguns pensam assim!
Nunca em tempo algum se criticou tanto tudo e todos, no entanto o ritmo da música já nem é ouvida e a inversão dos conceitos antes considerados virtudes, foram esquecidos ou omitidos.
Vamos à questão: A generalidade das notícias, acusam governantes, politicos, homens de negócios, juristas, de todos os adjectivos que em tempos não muito distantes, fariam corar o povo, demitir das suas funções, justiçai-los e banir os seus nomes e pessoas da sociedade.
Hoje são"importantes" saltam de lugares públicos por Decreto oficial, são donos da sociedade civil e narcotizam o povo pela presença e palavra.
Estou fora do ovo e quero continuar!
Não quero gente perfeita, admito o impossivel!
Mas há regras, virtudes e capacidades que implicam a competência da ocupação de cada individuo na cadeia funcional duma sociedade.
Inveja, ganância, desonestidade com o valor do próximo, abuso do poder e bens comuns, mentira,.................................... Vale a pena continuar? Até quando?
Nos jornais e TV alguns ainda se mantêm, mas os tiros são certeiros e vão caindo um a um...
Dantes líamos nas entrelinhas, hoje a linguagem é clara, embora ou a compreensão é mais fraca, ou penso, que o desespero inibe o raciocínio, a vergonha nacional baixou os braços, mudou de nacionalidade e hibernou no pântano.
Repito, até quando?
A casa está arder, os bombeiros clamando pelas cinzas, ainda há alguns, mas é tão grande a epidemia e o tamanho das pragas, que nem sei se a dimensão do fogo, permite salvar alguma réstea do pudor, senso, honestidade, território e bem comum.
Há Homens e homenzinhos, no sentido da humanidade e hoje além de mais numerosos os segundos continuam a dominar o mundo, desgastando os primeiros,
Nem sempre a guerra trás a vitória, mas muitas vezes revelam os Heróis.
Heróis precisa este país para o salvar da devastação total.
Fora do ovo se vão acumulando alguns Homens e Mulheres, ganhando força para esmagar o ovo e destruir as pragas.
Todos os limites foram ultrapassados e o tempo de espera também chegou ao limite para a renovação!
Confiança e Esperança não têm limite e aparece donde ningém imagina.
Estou nessa sintonia!

O meu abraço solidário.
Formiguinha laboriosa
MG