Um pouco de atenção perante as noticias mundiais, levou-me a reflectir sobre algo que nos últimos tempos classificava de "o mundo de pernas para o ar".
E isso resultava do que ouvia ou via diferente do que me habituei ou pretendia que o mundo funcionasse, dentro dos conceitos que foram os meus esteios de crescimento.
Acompanhei a evolução dos tempos, reagindo, contestando, intervindo ou adaptando-me, sem perder de vista aqueles que eram no meu entender fundamentais e lutando pelos meus ideais.
Família, Verdade, Justiça, Moral,Ética, solidariedade e outros similares.
No entanto, de choque em choque, fui verificando que estava fazendo parte de um mundo à parte, e a minha adaptação foi o afastamento e desgosto, sem deixar de no meu canto estar atenta e tentar compreender a mudança.
Mas, alem de grandes mudanças, nos últimos tempo, algo de drástico está acontecer.
Grandes manifestações de jovens e outros, enchendo praças, protestando contra tipos de regimes, grupos políticos ou governantes, desde o Oriente ao Ocidente.
Um movimento que pegou moda e vai obtendo os seus frutos.
É uma forma mais ou menos pacifica de mudança, e não é aí que começa a minha preocupação.
A minha preocupação aumenta quando não consigo identificar as propostas de mudança!
São milhares de jovens que se agrupam, durante dias acampando nas Praças Espanholas, e solidariamente pelo mundo, não se sentindo representados pelos partidos estabelecidos.
Então, porque não apresentam um Manifesto Nacional com um programa, sistema politico, linhas ideológicas da sociedade que pretendem, orientação profissional e caminho de gerir riqueza?
Outra via seria entrarem massivamente nos existentes e de dentro para fora fazerem a diferença.
Contestar por contestar,( by phone) é no meu entender, apenas uma nova forma de perturbação
sociológica, aproveitando a riqueza injusta dos paternalistas existentes, das empresas capitalistas, do estado social que sustenta os que não trabalham e/ou não querem trabalhar, mas que permitem os iphones para comunicar, a alimentação para distribuir as tendas para acampar e as Tvs para publicitar.
Tudo isto pode ser um arranque na mudança, mas que chegou o tempo de mudar a forma de exercer a politica, os sistemas de governação, a estrutura social e a representatividade popular não tenho dúvidas.
Enquanto as manifestações forem mais ou menos pacíficas, é tempo dos que ocupam o poder, e o grande capital conhecido e/ou pardo reflectirem e rapidamente acertarem agulhas, e dialogarem com os jovens definindo novos rumos para o Novo Mundo que se avizinha.
Por mim, continuo idealmente acreditando, nos jovens, que as gerações passam podendo deixar boa e má história, mas que o mundo é uma constante evolução e o Planeta Terra ainda dará abrigo à Humanidade por muito e muito tempo.
Formiguinha laboriosa
MG
