sábado, 6 de junho de 2009

Desilusão

Gota a gota enche a taça da desilusão.
No Outono as arvores deixam cair as folhas, resistindo ao vento às chuvas e à própria debilidade das reservas dando um tempo de espera para futura renovação.
Nos ultimos tempos percorro um tempo de Outono...
Todos os dias caem folhas (pessoas) da minha consideração...
Pessoas que considerava como inteligentes, sérias e carismáticas.
As folhas da nossa sociedade estão terrivelmente doentes, corrutiveis e envolvidas nas malhas de interesses em fortunas e poder imorais e sem a mínima vergonha civica e pessoal.
Todos os dias é anuncido a queda de várias folhas nas malhas da leis, em que o vil metal está presente. O sonho da revolução tranformou-se numa fermentação de tranformar o pais na malagueta insidiosa da trapaça do conluio e vale tudo.
Um outono muito longo de desespero e desilusão.
Infelismente a mancha de poluição moral alastra no mundo e até na velha e sisuda Inglaterra o tempo das maleitas se vão revelando. Uma diferença mantêm de diferente...os politicos caem no governo e a actuação para sanar a fronte é rápida e pública.
Por cá apenas denuncias, suspeitas e material para aumentar as audiencias noticiosas.
Um autentico carnaval em marcha de defuntos.
A catarse não surte efeito nem melhora o doente.
O tempo de renovação, qual luzinha no fim do tunel, está tão ensombrado que nem o tunel é visivel...ainda há muitas folhas na àrvore para cairem.
E continuará este outono lento, àrido e sem previsão de mudança.
Instituições sem autoridade não actuam, e quando actuam a força de influência e camuflagem deturpa, trava e prolonga o estrilar final.
Os velhos perdem a memória e o tempo produtivo mesmo de protesto está debilitado e sentem-se deslocados no tempo...
Os jovens estão no tempo da conquista e no tempo do vale tudo...
As crianças embaladas nesta música actual não conhecem as músicas antigas, como e quando despertar?
Eu neste canto de protesto, sem audiencia nem poder, fico vendo o Carnaval passar...
Aproveitando os últimos minutos enquanto a net é livre e posso desabafar...
Este será tema para um próximo desabafo, pois a penúltima réstia de libertade também me querem roubar. A ultima será pensar e nessa o ship já inventado, espero demore para além de mim a ser implantado.
Que mundo o de amanhã?
Gota a gota a esbordar a taça do desepero, depois do câos a temperança e a renovação chegará.
A História relata os ciclos da humanidade, mas os homens não aprendem mesmo...
Fico por aqui...
um abraço da formiguinha
MG

terça-feira, 2 de junho de 2009

No fundo de todas as questões o vil metal

Pois é, no fim de todas as questões o vil metal, que cega, deturpa as mentes, degladia os homens pelo poder de lugares de decisão em que melhor poderiam encher os bolsos, satisfazer os "amigos" e aumentar os benefícios!
Situações comuns, que sempre existiram, resguardadas com algum pudor, ou camuflagem pela maioria dos associados, porque as maiorias normalmente seriam as grandes exceções à regra...
Enfim ou sou crédula ou julgava que seria assim..
A Democracia trouxe mais abertura e muitas vantagens, tantas que hoje vale tudo, até esquecer, algumas regras da modernidade ultrapassada como ética, respeito pelo próprio e pelos outros e sentimento de vergonha!
Uma das regras fundamentais é a liberdade e apreender que a individual termina quando toca a liberdade de um outro.
Poderia continuar a divagar, mas entro na razão do meu comentário de hoje.
A última sessão de"pros e contras" de 1 junho de 2009, é a mostra de tudo que não deveria acontecer numa sociedade democratica e civilizada.
1º uma associação de gente que deveria ter por fim preservar a legalidade, o aprumo, a aceitação do votado, a fiscalização do direito, a moralidade e por fim a justiça na globalidade do conceito.
O que vi e ouvi numa degladiação de acusações, de falta do direito de resposta, respeito pelo direito de ouvir e comentar no final, mostrou-me um espectaculo de bairro antigo (o meu respeito por estas comunidades) em que todos são amigos e conhecidos, se tratam por "tu" num domingo de sol quando a música agrada a todos, mas se batalham e arrepanham cabelos se os "trocos"cairam em bolso errado, aí o verniz estilhaça completamente e descobrem-se apregoados aos quatro ventos os buracos das comadres que toda a gente conhece, mas o compadrio do bairro resguardava.

2ºQual o cerne da questão? No fim conclui que escondido, mas conhecido de todos, como motor de toda a desavença está o vil metal.

Luta de galos pelos poleiros adquiridos, benesses conquistadas, compradrios coniventes que um Bastonário mexeu no caldo, denuncia e quer mudar.

Não acredito em pureza de intenções, e no percurso da caminhada desta vida todos tropeçamos em areias da calçada, mas sei que é muito dificil lutar pela verdade, pela mudança e pôr ordem no cãos. É preciso coragem e principalmente muita, muita paciência!

3º O espectaculo que assisti representou, para mim, o estado em que está o país.
Uma degradação completa de principios, de seriedade de honestidade e de falta de vergonha.
A piramide foi representada numa das suas instituições máximas.
O país em todos os niveis e escalões é um saco roto a esbordar o fedor acrescentado nos últimos anos que já não aguenta mais.
O povo não é inocente que não veja o burro cheio de moscas sugando até ao tutano, vai pagando, dando a camisa o suor e a vida.
O vil metal esgotou, ou será que ainda há algumas moedas de reserva para disfarçar?
O PIB a diminuir, desemprego desenfriado, as reservas esgotadas, o caldo entornado e a mesa vazia, quem irá no fim da festa apagar a luz?
Os poleiros vão ruir e os galos vão fugir!
Claro que os espertos estarão acautelados, e bem acautelados, os bolsos cheios em qualquer lugar
e o povo anestesiado dará vivas em qualquer idioma a quem prometer pão.

Gostaria ter esperança que estamos no fim do ciclo de tormentas, mas pelo folclore das actuais campanhas , e pelas figuras repetidas, tristemente concluo que os tempos estão para durar!
Uma vantagem encontro, da população portuguesa as crianças até aos 6 anos ainda não têm mesada, logo estarão isenta do jogo e corrupção do vil metal.
Será que nem este pensamento estará correcto para me consolar?
A esperança embora fraquinha é a ultima a morrer, dizem...mas anda muito escondida...

Um abraço da formiginha
MG