quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Folclore

Este é um país de folclore ou folk lore...
Arraial e romarias, foguetes e beijinhos, cortar fitas e blá blá blá.
Dos mais antigos do foguetório importamos e exportamos foguetes e o resto também.
Imitações é com a gente e se não dá à primeira desenrrasca e fica parecido.
Somos um país de espanto mundial e sempre contentes.
Mesmo quando proibem os foguetes há sempre uma maneira de fugir e rebentar o foguetório.
Quando não há romaria, inventa-se razão para ocupar o povo, escândalos, propaganda ou outro segredo escondido com o rabo de fora. Tanto faz, é ciclico e o povo de fraca memória aceita tudo, fala de tudo de braços cruzados, dá sentenças na borda do passeio e espera que passe porque amanhã é outro dia e "eles" são todos iguais.
Os subsidios continuam, porque ou comem todos ou o caso fica mal parado e isto é um estado de direito, pois então.
Trabalhar cansa e sempre há alguns que são viciados, trabalham e gostam ou emigram...
De vez em quando, uns velhos do restêlo, falam, dizem umas verdades, o país está mal, precisa mudar, trabalhar melhor, produzir e exportar, reduzir drásticamente com os boys...e o povo abana a cabeça e ri! São todos iguais, saem uns e entram outros, e as moscas velhas pelo menos já estão cheias e chateiam menos o burro velho...não me parece.
E onde vai isto parar?
O D. Sebastião desistiu de voltar, e o povo sem Joana d´Arc ou uma nova padeira de Aljubarrota,
faz a sua romaria em casa própria e deixa andar.
E para quê cansar ou programar?
A dívida pública aumenta e maravilha dos tempos modernos, quanto maior melhor, vai a leilão, vendendo e trazendo dinheiro para manter as moscas os calaceiros as romarias e os fogueteiros.
E viva o povo que é sereno e ordeiro!
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Os milagres acontecem e um dia Portugal será um País sério, trabalhador e honesto.
Um abraço da formiguinha,
laboriosa em casa própria.
MG