segunda-feira, 17 de junho de 2019

Paragem no tempo

             


Em várias fases da vida, tive vontade ou tentei, parar no tempo.
O tempo indiferente, continuou o seu caminho Universal.
Passando o tempo inerte de pensamento, dei conta que, envelheci, enruguei e afinal olhando para trás continuei a rotinar, a conviver com os próximos que nem deram conta do inerte e pesadelo e a sorrir.
Talvez um sorriso mais triste, anémico, às vezes postiço, mas servindo a conveniência.
Relendo o diário, espanto de quanto fiz, por onde andei, o que escrevi e lamentei...
Afinal há imensas páginas que representam, não uma paragem, mas apenas que parte do meu tempo, fiquei agarrada a um tempo, que querendo anular se registou ocupando espaço que poderia ter sido muito melhor aproveitado!
A vida é um livro escrito pelos registos da memória, vivências, experiências e esquecimentos.
O dilema é a diferença entre o consciente e o subconsciente, entre um tempo do agora e o passado próximo ou distante e a sobrevivência resulta da luta em querer esquecer  o que não gostamos, trouxe dor e as alegrias do quotidiano que nos empolga e ganha força para "ganhar o tempo" de virar a página e ver mais tarde mais diluído e muitas vezes a pouca importância que a vontade de parar no tempo não valeu a pena do desperdício e o instinto de sobrevivência é mais forte, suporta e dá força para seguir em frente.
O tempo é uma preciosidade que conscientemente temos de usar e vencer o subconsciente de querer parar, rebobinando algum "filme"que já passou, não se altera e apenas será uma página do diário de vida experimental que nos fez crescer, se aprendemos a lição, e não esquecemos para não repetir.
Bem prega S. Tomaz ...
O meu abraço

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